terça-feira, 7 de julho de 2009

Tenho febre e faz noite lá fora. Sinto meu corpo todo ardente, meu plasma inflamado, palpitando tão não-perceptivelmente, porém sempre e tanto. Estou em dias difíceis, finalmente. Com medo de morrer. Meus olhos, que estão grandes, correm para ver o que precisa ser visto. Meu corpo, minha pátria, está com medo de me não ter. Talvez o dia esteja triste e doente e, por isso, eu fale essas coisas. Atuei em tantas peças criadas por mim nesses tempos, já não sei o que era o que. Caminhei à noite, ontem estava caminhando pela Voluntários turva procurando: procurar. Dentro disso, não sei se meu nome é inteiro Christian. Mas não importa: dividir é um artifícios para fracos. Hoje eu estou fraco. Pensando na vida, enfim, ela está larga como um planeta ou uma estrela em múltiplas explosões contíguas. Mas, senhoras e senhores membros do Juri, vê-la, isto é, à vida, é uma troca de pele contínua e em dor. Estou sem medo de doer, por ora. Tenho meus olhos e eles enxergam e isso é meu modo de dar sentido, voz. Penso até quando isso vai servir. Quando a falta de sentido vai fazer sentido que, mesmo desnecessário, me cai como uma faca só corte. Eu falo como eu falo. Escrever é ouvir os Deuses. Ler é falar por eles.

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Olhar sem olhos
dói como não existir:
Como andar sem tudo,
andar entre tudo, e sorrir?

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Minha falta de ar é meu medo da morte.

Um comentário:

Leinad disse...

Blutstein lebt wieder, oder ist es kurz am sterben?
Ich sage die Angst ist nichs als Beweis des Lebens.

Hoffe deine Lungen machen auf einem Mal AUF und saugen Luft und Leben in sich hinein!

Ruf mich immer an wenn ich dir ein bisschen Luft und Freundschaft zupusßten soll.